mercredi 2 juillet 2008

Pulsante

Ficava pulsando lá dentro,

De um átrio esquerdo obscuro,

Não era físico, não tinha forma,

Os músculos lutando,

Contra a aceleração que a visão produzia,

E que de leve sucumbia

As forças do encantamento.

mardi 1 juillet 2008


Ultimamente, meus pensamentos andam tão cheios de idéias, opiniões, indignações e inquietudes, que não sei mais na verdade em que eu acredito. Meu objetivo de vida, eu o vejo se disseminar pelos ares, como um vidro de perfume aberto, diante da realidade que é pra ele um obstáculo. E, no meu quarto, não me resta mais nada além de algumas músicas.


Um raio de luz entrou pela janela. Iluminou um livro.

Utopia é o que venho repetindo, mesmo que involuntáriamente, algo que quero e não quero alcançar. Ela me espera, pacientemente, enquanto carrego seu retrato com minha ideologia. Já a perfeição, insistente me persegue, se separou da utopia, fez as malas e deixou pontos de vista pelo caminho. Mas o desânimo me segura mais alguns minutos na cama e quando vejo, é noite.

Acho que me canso dessa vida mundana, obscura, trôpega.

Tanto, em tão pouco tempo. São tantas as opções que estou farta, então, falarei sobre as pessoas. Esses seres que tanto me desapontam. E é por ser uma delas que também sou frustrada. De cada um, quero o máximo, quero o tudo, quero porque quero.

E não vejo porta aberta.

POR FAVOR


Pensei que eu pudesse fazer uma poesia,

mas eu não sou poeta de verdade.
Eu sou uma farsa.

Pensei que eu pudesse fazer diferente,
que eu pudesse ser diferente,
mas eu sou apenas uma imitação esquisita de mim mesma.

Pensei que eu pudesse entender tudo,
mas os seres humanos me enganam.
Eles são uma farsa.

Pensei que eu pudesse ter toda a esperança do mundo,
mas o tempo não é tangível,
e a esperança se confunde com o seu passar.

Lento,
lento,
lento; por favor.