jeudi 31 août 2006


"Feito essa gente
que anda por aí brincando com a vida
Cuidado, companheiro
A vida é pra valer
Não se engane, não
É uma só
Duas mesmo que é bom
Ninguém vai me dizer que tem sem provar muito bem provado com certidão passada em cartório do Céu assinado em baixo: Deus!
E com firma reconhecida
A vida não é de brincadeira, amigo
A VIDA É ARTE DO ENCONTRO EMBORA HAJA TANTO DESENCONTRO PELA VIDA
Há sempre uma mulher a sua espera com os olhos cheios de carinho e as mãos cheias de perdão
Ponha um pouco de amor na sua vida, como no seu samba."
Vinicius de Moraes

Eu e Sabrina aqui em casa, após um jantarzinho japa básico com nossa maninha Fabi!!! SEMPRE BOOOOOM DEMAIS!!!!!
Sol na casa 2, lua na casa 531/08 (hoje) às 18:26h a 02/09 às 19:54h

"Sol e Lua se quadram entre si, entrando no estado chamado "quarto crescente", e transitam por casas muito diferentes entre os dias 31/08 (hoje) às 18:26h e 02/09 às 19:54h: o Sol na Casa 2 pede atenção e valorização no tocante ao dinheiro, e a Lua na Casa 5 sugere um desejo emocional de cair na esbórnia. (Ahhhhh, então é isso!!!!)
O conflito aqui é: poupar ou satisfazer o emocional?
Usar o dinheiro para o essencial, ou dar alegria à criança interior, que quer se divertir?
Apenas você poderá encontrar uma solução para este conflito, Milane, mas tenha em mente que é possível alcançar uma resolução "equilibrada", nem muito ao Sol, nem muito à Lua.
Vale apenas ter auto-observação."

É impressão minha ou eles não me acrescentaram em nada????
Esbórnia aqui vou eu!!!!!

mercredi 30 août 2006

CORAÇÃO em Pessoa



"Sossega, coração! Não desesperes!
Talvez um dia, para além dos dias,
Encontres o que queres porque o queres.
Então, livre de falsas nostalgias,
Atingirás a perfeição de seres.
Mas pobre sonho o que só quer não tê-lo!
Pobre esperença a de existir somente!
Como quem passa a mão pelo cabelo
E em si mesmo se sente diferente,
Como faz mal ao sonho o concebê-lo!

Sossega, coração, contudo! Dorme!
O sossego não quer razão nem causa.
Quer só a noite plácida e enorme,
A grande, universal, solente pausa
Antes que tudo em tudo se transforme."


Fernando Pessoa, 2-8-1933.


Hoje acordei com uma T.P.M. terrível...
Encontrei logo cedo Samira no elevador e ela perguntou se eu tinha chorado... talvez em sonhos, talvez...
Agora esse edema pertubar meu ser por completo!!
Melhor eu ficar aqui quietinha q mais um plantão me aguarda: JESUS!!!!
E agora essa agonia: I-N-S-U-P-O-R-T-Á-V-E-L!!!!!!!!!

Me traduzindo nesta tarde...


  • SÍNDROME DE TENSÃO PRÉ-MENSTRUAL

    "Também conhecida por TPM, é um conjunto de sintomas físicos e comportamentais que ocorrem na segunda metade do ciclo menstrual podendo ser tão severos que interfiram significativamente na vida da mulher.

    A TPM é uma desordem neuropsicoendócrina com sintomas que afetam a mulher na esfera biológica, psicológica e social.

    A tendência hoje é acreditar que a função fisiológica do ovário seja o gatilho que dispara os sintomas da síndrome alterando a atividade da serotonina (neurotransmissor) em nível de sistema nervoso central.

    O tratamento depende da severidade dos sintomas e incluem modificações alimentares, comportamentais e tratamentos medicamentosos.

    Os sintomas mais comuns incluem:

    Por ordem de freqüência: DESCONFORTO ABDOMINAL, MASTALGIA CEFALÉIA, FADIGA, IRRITABILIDADE, TENSÃO, HUMOR DEPRIMIDO, HUMOR LÁBIL, AUMENTO DO APETITE, ESQUECIMENTO E DIFICULDADE DE CONCENTRAÇÃO, ACNE, HIPERSENSIBILIDADE AOS ESTÍMULOS, RAIVA, CHORO FÁCIL, CALORÕES, PALPITAÇÕES e TONTURAS.

    Irritabilidade (nervosismo),
    Ansiedade (alteração do humor com sentimentos de hostilidade e raiva),
    Depressão (com sensação de desvalia, distúrbio do sono, dificuldade de concentração)
    Cefaléia (dor de cabeça),
    Mastalgia (dor ou aumento da sensibilidade das mamas),
    Retenção de líquidos (inchaço ou dor nas pernas),
    Cansaço,
    Desejos por alguns alimentos como chocolates, doces e comidas salgadas"


    Ou seja, merda pouca é bobagem!!!
    ARGHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!

mardi 29 août 2006

AMOR, O INTERMINAVEL APRENDIZADO (A.R.S.)

"Criança, pensava: amor, coisa que os adultos sabem.
Via-os aos pares namorando nos portões enluarados se entre-buscando numa aflição feliz de mãos na folhagem das anáguas.
Via-os noivos se compromentendo à luz da sala ante a família, ante as mobílias; via-oscasados, um ancorado no corpo do outro, e pensava: amor, coisa-para-depois, um depois-adulto-aprendizado.
Se enganava.
Se enganava porque o aprendizado do amor não tem começo nem é privilégio aos adultos reservado.
Sim, o amor é um interminável aprendizado.
Por isto se enganava enquanto olhava com os colegas, de dentro dos arbustos do jardim, os casais que nos portões se amavam.
Sim, se pesquisavam numa prospecção de veios e grutas, num desdobramento de noturnos mapas seguindo o astrolábio dos luares, mas nem por isto se encontravam.
E quando algum amante desaparecia ou se afastava, não era porque estava saciado.
Isto aprenderia depois.
E que a fora buscar outro amor, a busca recomeçara, pois a fome de amor não sacia nunca, como ali já não se saciara.
De fato, reparando nos vizinhos, podia observar.
Mesmo os casados, atrás da aparente tranqüilidade, continuavam inquietos.
Alguns eram mais indiscretos.
A vizinha casada deu para namorar.
Aquele que era um crente fiel sempre na igreja, um dia jogou tudo para cima e amigou-se com uma jovem.
E a mulher que morava em frente da farmácia, tão doméstica e feliz, de repente fugiu com um boêmio, largando marido e filhos.
Então constatou, de novo se enganara.
Os adultos, mesmo os casados, embora pareçam um porto onde as naus já atracaram, os adultos, mesmo os casados, que parecem arbustos cujas raízes já se entrançaram, eles também não sabem, estão no meio da viagem e só eles sabem quantas tempestades enfrentaram e quantas vezes naufragaram.
Depois de folhear um, dez, centenas de corpos avulsos tentando o amor verbalizar, entrou numa biblioteca.
Ali estavam as grandes paixões.
Os poetas e novelistas deveriam saber das coisas. Julietas se debruçavam apunhaladas sobre o corpo morto dos Romeus.
Tristãos e Isoldas tomavam o filtro do amor e ficavam condenados à traição daqueles que mais amavam e sem poderem realizar o amor.
O amor se procurava.
E se encontrando, desesperava, se afastava, desencontrava.
Então, pensou: há o amor, há o desejo e há a paixão.
O desejo é assim: quer imediata e pronta realização.
É indistinto.
Por alguém, que, de repente, se ilumina nas taças de uma festa, por alguém que de repente dobra a perna de uma maneira irresistivelmente feminina.
Já a paixão é outra coisa.
O desejo não é nada pessoal.
A paixão é um vendaval.
Funde um no outro, é egoísta e, em muitos casos, fatal.
O amor soma desejo e paixão, é a arte das artes, é arte final.
Mas reparou: o amor às vezes coincide com a paixão, às vezes não.
Amor às vezes coincide com o desejo, às vezes não.
Amor às vezes coincide com o casamento, às vezes não.
E mais complicado ainda: amor às vezes coincide com o amor, às vezes, não.
Absurdo.
Como pode o amor não coincidir consigo mesmo?
Adolescente amava de um jeito.
Adulto amava melhormente de outro.
Quando viesse a velhice, como amaria finalmente?
Há um amar dos vinte, um amor dos cinqüenta e outro dos oitenta?
Coisa de demente.
Não era só a estória e as estórias do seu amor.
Na história universal do amor, amou-se sempre diferentemente, embora parecesse ser sempre o mesmo amor de antigamente.
Estava perplexo.
Olhava para os outros, olhava para si mesmo ensimesmado.
Não havia jeito.
O amor era o mesmo e sempre diferenciado.
O amor se aprendia sempre, mas do amor não terminava nunca o aprendizado.
Optou por aceitar a sua ignorância.
Em matéria de amor, escolar, era um repetente conformado.
E na escola do amor declarou-se eternamente matriculado."

Trânsito Astrológico: congestionadíssimo!!!!

Sol na casa 2, lua na casa 4

"A Lua continua caminhando para seu estado crescente, entre 29/08 (hoje) e 31/08, mas agora ativa a Casa 4 do seu mapa astral, em contraposição ao Sol na Casa 2.
Sol e Lua estão em harmonia (que maravilha!!), e este é um excelente período para você cuidar do lar, das questões domésticas (hummmmm...), e fazer uma reavaliação de seus gastos (vixiiiiii!!!), suas prioridades e do que você precisa para ter uma vida mais confortável.
Este é um período de recolhimento e de economia, em que você sentirá a necessidade de "segurar a onda" no que diz respeito a questões financeiras.
Como você estará com impulsos econômicos, são bons dias para fazer compras essenciais, afinal aqui você correrá menos risco de gastar com o que não precisa."

É... tempo de segurar as pontas!!
E eu nem precisava ler isso pra saber, hahahahah!!!

lundi 28 août 2006

Em Desassogego, de PESSOA


* Rosa e eu, em nosso sítio, Panaquatira!
* Nesses tempos, neste mundo, ainda nesta vida...

“Eu nunca fiz senão sonhar.
Tem sido esse, e esse apenas, o sentido da minha vida.
...
As maiores dores da minha vida esbatem-se-me quando, abrindo a janela para dentro de mim, pude esquecer-me na visão do seu movimento.
Nunca pretendi ser senão um sonhador.
...
Pertenci sempre ao que não está onde estou e ao que nunca pude ser.
Tudo o que não é meu, por baixo que seja, teve sempre poesia para mim.
Nunca amei senão coisa nenhuma.
Nunca desejei senão o que nem podia imaginar.
À vida nunca pedi senão que passasse por mim sem que eu a sentisse.
Do amor apenas exigi que nunca deixasse de ser um sonho longínquo.
Nas minhas próprias paisagens interiores, irreais todas elas, foi sempre o longínquo que me atraiu, e os aquedutos que se esfumavam - quase na distância das minhas paisagens sonhadas, tinham uma doçura de sonho em relação às outras partes da paisagem - uma doçura que fazia com que eu as pudesse amar.
...
Não alinho hoje nas minhas gavetas carros de linha e peões de xadrez -
... e alinho na minha imaginação, confortavelmente, como quem no inverno se aquece a uma lareira, figuras que habitam, e são constantes e vivas, na minha vida interior.
Tenho um mundo de amigos dentro de mim, com vidas próprias, reais, definidas e imperfeitas.
Alguns passam dificuldades, outros têm uma vida boémia, pitoresca e humilde.
Há outros que são caixeiros-viajantes.
...
Outros moram em aldeias e vilas lá para as fronteiras de um Portugal dentro de mim;
vêm à cidade, onde por acaso os encontro e reconheço, abrindo-lhes os braços, numa atração...
E quando sonho isto, passeando no meu quarto, falando alto, gesticulando...
quando sonho isto, e me visiono encontrando-os, todo eu me alegro, me realizo, me pulo, brilham-me os olhos, abro os braços e tenho uma felicidade enorme, real.
Ah, não há saudades mais dolorosas do que as das coisas que nunca foram!
O que eu sinto quando penso no passado que tive no tempo real, quando choro sobre o cadáver da vida da minha infância ida,...
Isso mesmo não atinge o fervor doloroso e trémulo com que choro sobre não serem reais as figuras humildes dos meus sonhos, as próprias figuras secundárias que me recordo de ter visto uma só vez, por acaso, na minha pseudovida, ao virar uma esquina da minha visionação, ao passar por um portão numa rua que subi e percorri por esse sonho fora.
A raiva de a saudade não poder reavivar e reerguer nunca é tão lacrimosa contra Deus, que criou impossibilidades, do que quando medito que os meus amigos de sonho, com quem passei todos detalhes de uma vida suposta, com quem tantas conversas iluminadas, em cafés imaginários, tenho tido, não pertenceram, afinal, a nenhum espaço onde pudessem ser, realmente, independentes da minha consciência deles!
... Aqui a sensação era outra, mais pungente e triste.
Ardia-me não poder estar ali, quer eles fossem reais ou não.
Não ser eu, ao menos, uma figura a mais desenhada ao pé daquele bosque ao luar que havia numa pequena gravura dum quarto onde dormi já não em pequeno!
... Aqui o não poder sonhar inteiramente doía-me.
As feições da minha saudade eram outras.
Os gestos do meu desespero eram diferentes.
A impossibilidade que me torturava era de outra ordem de angústia.
Ah, não ter tudo isto um sentido em Deus, uma realização conforme o espírito de nossos desejos, não sei onde, por um tempo vertical, consubstanciado com a direção das minhas saudades e dos meus devaneios!
Não haver, pelo menos só para mim, um paraíso feito disto!
Não poder eu encontrar os amigos que sonhei, passear pelas ruas que criei, acordar, entre o ruído dos galos e das galinhas e o rumorejar matutino da casa, na casa de campo em que eu me supus... e tudo isto mais perfeitamente arranjado por Deus, posto naquela perfeita ordem para existir, na precisa forma para eu o ter que nem os meus próprios sonhos atingem senão na falta de uma dimensão do espaço íntimo que entretém essas pobres realidades...
Ergo a cabeça de sobre o papel em que escrevo...
É cedo ainda.
Mal passa o meio-dia e é domingo.
O mal da vida, a doença de ser consciente entra com o meu próprio corpo e perturba-me.
Não haver ilhas para os inconfortáveis, alamedas vetustas, inencontráveis de antes, para os isolados no sonhar!
Ter de viver e, por pouco que seja, de agir; ter de roçar pelo fato de haver outra gente, real também, na vida!
Ter de estar aqui escrevendo isto, por me ser preciso à alma fazê-lo, e, mesmo isto, não poder sonhá-lo apenas; exprimi-lo sem palavras, sem consciência mesmo, por uma construção de mim próprio em música e esbatimento, de modo que me subissem as lágrimas aos olhos só de me sentir expressar-me, e eu fluísse, como um rio encantado, por lentos declives de mim próprio, cada vez mais para o inconsciente e o Distante, sem sentido nenhum exceto Deus.

Fernando Pessoa, O Livro do Desassossego Posted by Picasa

samedi 26 août 2006

O Pequeno Príncipe




Outro dia desses cheguei em casa e lá estava ela: uma caixa entregue pelos CORREIOS!
O remetente: minha mãe... Meu coração bateu mais firme!
Saudades...
Quando a abri, logo em cima, estava esse livro, um dos principais personagens e contextos imaginários de minha infância... Fonte de inspiração ilimitada!

A dedicatória, me deixou toda boba, feliz contente...
Há tantos anos que ela não me escrevia... Mas eu sou mesmo toda boba demais!!

Já quanto ao livro, até hoje o releio, como agora, desde que o recebi... E cada releitura é uma nova experiência, é um grande reexperimentar...
Bases iniciais pra revelar à uma criança o descobrir de cada um, o que é ser amigo, a indivualidade do SER humano e a EXCLUSIVIDADE de cada relação, de cada amigo que nos cerca...
Uma grande releitura, que a cada ano a percepção se modifica...
Vamos relê-lo sempre, pra redescobrir suas nuances...
Aqui vai meu capítulo predileto:

XXI

E foi então que apareceu a raposa:
- Boa dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.
- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. não me cativaram ainda.
- Ah! desculpa, disse o principezinho.
Após uma reflexão, acrescentou:
- Que quer dizer "cativar"?
- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
- Procuro os homens, disse o principezinho. Que quer dizer "cativar"?
- Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. É bem incômodo! Criam galinhas também. É a única coisa interessante que fazem. Tu procuras galinhas?
- Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços..."
- Criar laços?
- Exatamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
- Começo a compreender, disse o principezinho. Existe uma flor... eu creio que ela me cativou...
- É possível, disse a raposa. Vê-se tanta coisa na Terra...
- Oh! não foi na Terra, disse o principezinho.
A raposa pareceu intrigada:
- Num outro planeta?
- Sim.
- Há caçadores nesse planeta?
- Não.
- Que bom! E galinhas?
- Também não.
- Nada é perfeito, suspirou a raposa.
Mas a raposa voltou à sua idéia.
- Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra.
O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...
A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
- Por favor... cativa-me! disse ela.
- Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer alguma coisa. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
- Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.
- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto...
No dia seguinte o principezinho voltou.
- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração... É preciso ritos.
- Que é um rito? perguntou o principezinho.
- É uma coisa muito esquecida também, disse a raposa. É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. Os meus caçadores, por exemplo, possuem um rito. Dançam na quinta-feira com as moças da aldeia. A quinta-feira então é o dia maravilhoso! Vou passear até a vinha. Se os caçadores dançassem qualquer dia, os dias seriam todos iguais, e eu não teria férias!
Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
- Ah! Eu vou chorar.
- A culpa é tua, disse o principezinho, eu não queria te fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...
- Quis, disse a raposa.
- Mas tu vais chorar! disse o principezinho.
- Vou, disse a raposa.
- Então, não sais lucrando nada!
- Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo.
Depois ela acrescentou:
- Vai rever as rosas. Tu compreenderás que a tua é a única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te farei presente de um segredo.
Foi o principezinho rever as rosas:
- Vós não sois absolutamente iguais à minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativastes a ninguém. Sois como era a minha raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu fiz dela um amigo. Ela á agora única no mundo.
E as rosas estavam desapontadas.
- Sois belas, mas vazias, disse ele ainda. Não se pode morrer por vós. Minha rosa, sem dúvida um transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é, porém, mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela que pus sob a redoma. Foi a ela que abriguei com o pára-vento. Foi dela que eu matei as larvas (exceto duas ou três por causa das borboletas). Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa.
E voltou, então, à raposa:
- Adeus, disse ele...
- Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.
- O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
- Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante.
- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
- Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa...
- Eu sou responsável pela minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.

vendredi 25 août 2006

Mais uma noite de plantão na UTI PED!
Dias mal dormidos, semana q passou mais suave em minha vida... Mais DOCEmente suave ao ouvir tua voz ao telefone, e esse riso tão tímido!
Semana de mto trabalho, de fugir da doencinha chata que teima em deixar meus dias com esse sabor metálico...
Ontem baladinha pra lembrar que eu ainda vivo (devagar, bem devagar, como na música) e rir mto com as amigas antigas recém descobertas...
Final de semana de muitos plantões, de pequenos problemas diários para se resolver calmamente embalando meu sono pós dia longo de trabalho...
O estágio no Alojamento está acabando, e ao contrário do mês passado, eu lamento o término de tão doces dias (regados a mto sorvete)... Tenho certeza que sentirei saudades...
Mas os meses seguem, e a cada mês um novo desafio, em novos estágios, rumo ao término dessa transloucada residência médica...
O plantão segue pacato, inversamente real do que tem sido meus plantões...
E eu sigo assim, à espreita do inesperado...
... O novo dia!

In MEDRRUBA!!!!

“Sentir tudo de todas as maneiras,
Viver tudo de todos os lados,
Ser a mesma coisa de todos os modos possíveis ao mesmo tempo,
Realizar em si toda a humanidade de todos os momentos,
Num só momento difuso, profuso, completo e longínquo."

FERNANDO PESSOA


Du e Paty, não se preocupem...Essas coisas passageiras, a gente dói e sente, mas o nome já diz: passa!!!!
*Foto tirada ontem, no MEDRRUBA, com as meninas da Ped: eu, Ari, Lívia e Ju!!!!**Se liguem nas figuras dançando no alto: era o must da risada!!!!!!
Sorte do orkut, será q posso confiar (pq q eu ainda leio isso????)

Sorte de hoje: (PASMEM!!!!)
Você nunca mais vai precisar se preocupar em ter uma renda estável!

jeudi 24 août 2006

Malabarismo


"Minha auto-estima
É uma tacinha de cristal
Tentando se equilibrar
Na quina da cristaleira.

Cuidado.
Qualquer balançadinha,
Ela pode despencar
E se quebrar inteira."

Hunff...

Hoje acordei ruim, ruim, ruim meeeeeesmoooo!!!!
Afônica, garganta estalando de dor, cabeça explodindo...
Hj teve a paralisação dos residentes.... Mas quem ficou paralisada fui eu!!!!

mercredi 23 août 2006

Urgência

"Urgência sem objeto ou destino.
Apenas urgência.
Aquela sensação de estar perdendo o bonde, e não saber ao menos para onde ele está indo, apenas que deveria estar nele.

Alguém me disse que com esta minha mania de querer abraçar o mundo acabo perdendo os abraços que me tentam dar.
Será?
Será assim então?

É verdade, que quero tudo, e quero demais.
E quero com urgência.
Demasiada e desvairada urgência.

Quero rubores e amores, essências e experiências.
Quero tudo, tudo o que eu puder querer.
E o que eu não puder também.

Eu quero.
Voraz.
Eu desejo, eu cobiço, eu QUERO.

Mas...e os abraços que deixei de receber então?
A quem foram endereçados?

Urgência.
De viver.
De sentir.
De compreender.

Os dias têm sido inquietantemente previsíveis, e o bonde espera por mim na próxima parada.

Urgência... de encontrar os abraços dos quais me perdi."

Reajuste JÁ!!!! PARALISAÇÃO NACIONAL - Médicos Residentes

REAJUSTE JÁ!!!

Médicos Residentes:
  • 70% dos atendimentos médicos do país
  • Maior serviço social na área de saúde
  • Melhor formação, melhor assitência à população
  • Futuros especialistas de nosso país
  • Lutam pelo reajuste de sua bolsa-auxílio há mais de 5 anos!!
A Residência Médica é universalmente reconhecida como a melhor forma de especialização médica.

Ela envolve dois aspectos fundamentais: por um lado o médico residente está em treinamento teórico e prático visando sua especialização e por outro lado ele é um médico já formado e com direitos conquistados pela luta dos Médicos Residentes desde o início da sua implementação no Brasil.

O valor atual da Bolsa da Residência Médica é de R$1.479,00 para uma carga horária de 60 horas semanais (isso só no papel, a maioria trabalha bem mais!!). Desde setembro de 2005 a ANMR e suas regionais pleiteiam um aumento de 50% que elevaria a bolsa à R$2.200,00, até o momento sem a aprovação do MEC. Esta reivindicação é justa pois é fundamental que o valor da Bolsa permita ao Médico Residente dedicação intensa à sua especialização.

A reivindicação dos Médicos Residentes é legítima a e eles têm o direito de paralisar suas atividades já que a obrigação pela assistência médica à população, cabe às instituições e não aos residentes.

Vale ressaltar que o médico residente não pode, como qualquer outro médico, se furtar a atender um paciente em caso de emergência em que ele tenha se envolvido ou que seja o único médico presente naquele momento.

Aqui em SJRio Preto a o manifesto da paralização acontecerá amanhã, às 8:30 da manhã, em frente ao Hospital de Base!!!
Esperamos com essa colhermos bons frutos!

"Já me dei ao poder que rege meu destino e não me apego a nada, para não ter nada a defender.
Não tenho pensamentos por isso verei.
Nada temo, por isso lembrarei de mim mesmo.
Desprendido e a vontade passarei como um jato pela Águia para ser livre. "

Carlos Castañeda

mardi 22 août 2006

Como pássaros...

* No Bom Clima, Guarulhos, na casa da vovó...

FELICIDADE POUCA É BOBAGEM!!!!!

"Cansei de tudo porque sou desgarrada.

Não sei ser sempre a mesma,
pelos mesmos caminhos,
com as mesmas pessoas.
Não sei ser só uma coisa.

Tenho milhões de humanidades dentro de mim, e sei que ainda não dei vida a um décimo delas.

Tenho mais consciência do que não sou
- do que eu poderia ser -
do que minha própria realidade.

É por isso que não dá para fazer o mesmo todos os dias nessa minha complexa existência.
Meu espírito cigano não me deixa criar raízes em lugar algum.
Sempre vou mudando de caminho, reiniciando tudo, como se todos os outros caminhos que não segui fossem absurdamente mais interessantes do que o que comecei a trilhar.

É a minha natureza solitária que me faz ser assim."

Sorte do orkut!!!

Sorte de hoje:
Você nunca vacila ao enfrentar os problemas mais difíceis!

Quem dera, meu DEUS, quem me dera!!! : P

lundi 21 août 2006


Lugar Ao Sol
Charlie Brown Jr


"Que bom viver, como é bom sonhar
E o que ficou pra trás passou
e eu não me importei
Foi até melhor,
tive que pensar em algo novo
que fizesse sentido

Ainda vejo o mundo com olhos de criança
Que só quer brincar e não tanta "responsa"
Mas a vida cobra sério e realmente não dá pra fugir

Livre pra poder sorrir, sim
Livre pra poder buscar o meu lugar ao sol
Um dia eu espero te reencontrar numa bem melhor

Cada um tem seu caminho, eu sei foi até melhor
Irmãos do mesmo Cristo, eu quero e não desisto

Caro pai, como é bom o ter por que se orgulhar
A vida pode passar, não estou sozinho
Eu sei se eu tiver fé eu volto até a sonhar

Livre pra poder sorrir, sim
Livre pra poder buscar o meu lugar ao sol

O amor é assim, é a paz de Deus em sua casa
O amor é assim, é a paz de Deus que nunca acaba

Nossas vidas, nossos sonhos têm o mesmo valor

Eu vou com você pra onde você for
Eu descobri que é azul a cor da parede da casa de Deus
E não há mais ninguém como você e eu"

A R., conforma prometido, com tanta e tanta saudade...
TE AMODORO TB, my love...


Passei semana passada toda inquieta, pensativa...
Bradicardia, falta de ar...
Eu sabia: alguma coisa tava errada, eu sabia...
E de repente fui invadida pela mesma inquietude, o mesmo terror: a jaula!
Sempre, de tempos em tempos, eu vou me sentindo assim...
Sabe aquele velho conto dos tempos de escola sobre a águia que virou galinha??
Acho que sempre tive medo de virar galinha mesmo...
Talvez minhas asas sempre foram grande e desengonçadas demais pra ficar num terreiro de poleiro em poleiro....
E eu, sempre arisca, nunca permiti que estas fossem podadas,...
Ave selvagem, mas doce sempre para os seus...
De repente, sou invadida por aquela velha sensação: daí abro bem as asas, encho o peito, respiro fundo e me jogo no vácuo, como em um suicídio, em busca de novos horizontes... ou mesmo de novos momentos pra respirar!!
Semana passada o coração desacelorou, olhei pra um lado, olhei para o outro: eu sabia, tinha que voar!
Final de semana pra respirar fundo, e foi lindo... lindo vôo!!

Agora, de volta o ninho, vou me acomodando, aconchegando, me reinteirando, como que se sem voar eu não pudesse nem existir...
Sou inquieta, latente, pulsante: meu espírito livre me fez assim!
Sou tudo aquilo que eu quiser, ilimitadamente...
Por ser tão livre, eu amo mais ainda minhas raízes, porque elas não criam correntes...
E é voando, bem alto, planando profundo que me encontro, que me descubro: plenamente inteira!
* Eu e Du, em plena avenida Paulista, no vôo deste fds em Sampa! São Paulo, bons ares, sempre!!!!!!
** Perdi o texto que fiz antes, bem melhor do que esse, mas acontece... Bom motivo pra próxima viagem!!!
*** Duuuuuu: ADOOOORO VC!!!! Já estou com saudades!
Valeu por tudo, meu amigo!!!! Bjs!!!

dimanche 20 août 2006

Aiiiiiiiii....

Cansadaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!

jeudi 17 août 2006

De plantão na UTI PEDIÁTRICA

Mais uma noite de plantão...
Até tinha decidido descansar mais cedo, mas iniciou-se mais uma intercorrência, e agora decididamente ganharei a madrugada...
Amanhã estarei viajando pra Sampa, pensamento a mil, mil coisas, mas todas muito íntimas...
A cabeça já começa a doer...
Plantão, plantão, plantão...
Mas mais tarde vem o melhor: o pós!!!!!!

mercredi 16 août 2006

De longe para encontrar o NOSSO caminho...


Queria hoje falar de um assunto q até me dói estar aqui escrevendo às pressas, de tão especial q é: sobre a grande amizade e amor que sinto por essas meninas acima: Camila, Chris e Monica!

Esta madrugada postei aqui as fotos da Chris e do Lucas, e ainda hoje recebi um lindo comentário dela, ao qual me enchi de emoção... e é nessa emoção que agora escrevo aqui e coloco estas palavras...
Nós quatro nos conhecemos nos primórdios da faculdade, uma de cada extremo do país!
Eu lá de cima, de São Luís, bandas do Maranhão, Camila extremo Leste, Salvador, BAHIA, Chris de Ponta Grossa, Paraná e Monica de Nova Andradina, Mato Grosso do Sul!!

Nossa amizade sempre foi um ponto de fusão, um grande bem-estar!
Nelas encontrei refúgio, conforto, fortaleza, colo amigo, e uma compreensão além de qualquer explicação...

E lá se foram horas de de papos a fio em telefonemas quilométricos (Chris que o diga, hahah!), de confidências múltiplas, de peregrinar horas em direção ao "subúrbio" pra se aventurar na Vila da Penha, misturas de sotaques, risadas gostosas, ensinar pra Chris como é que se abraça pra valer, o cheiro do chá da Mônica ficando prontinho, ter que aguentar Milton Guedes da Camila na marra, ouvir Sandy&Jr infinitas vezes pra ver a Monica mais feliz, estudar naquele sofá que a gente sempre escorregava pro chão e ficavapor lá mesmo, ter a compania da Chris num momento cirúrgico tão delicado pra mim e saber que lá eu não estava só ( e hoje a gente poder contar isso às gargalhadas), as histórias de nossos povos se misturando, aquele apartamento na Conde de Bonfim que era como se fosse minha casa também...

Amizade de amizades misturadas: Zaidan, Brow (na foto), Marquito, Camile, Claudinha, e tantos outros...
Amizade de vidas e vidas numa única vida vivida juntas nestes 6 anos que nos uniram numa sintonia amorosa...
Amo vcs demais, mocinhas, e sinto mta, mas mta SAUDADE mesmo de tudo!!!

Posso ter sido sempre meio dispersa, no estilo "Sou de todo mundo e todo mundo me quer bem", mas tenham a certeza que voces foram uma das partes mais importantes e mais bonitas nesta história que iniciei aí no Rio, e que pretendo ainda desenvolvê-la e muito ao longo da minha vida...

"A gente nunca deixa de sentir saudades...... A gente apenas se acostuma a senti-la"

Vocês sempre terão eterna morada, cá fundo, em meu peito!!!!

mardi 15 août 2006

Lucas de Chris!




Hoje me deparei no orkut do marido da Chris, o Ricardo com a fotinho do Lucas, filhotinho deles que nasceu na sexta-feira, e a foto não nega: ele é fofo DEMAIS!!!

Já tem talento pra ser o maior giga e de cara já está conquistando o amor de todos nós!!

A Chris estudou comigo na faculdade, logo da primeira turma, de pensar nela as lembranças vem a mil por hora...

O fato é que agora neste minuto estou radiante por tamanha FELICIDADE nossa, e assim que vou encerrando este post: muuuuuito mais feliz!!!!!

Agora durmo como o Luquinha, uma soneca sossegada!!!

Shushi no Tacacá!!!!!

Hoje foi aquele dia corrido, e ainda tive tempo de ir em casa, corrida na hora do almoço, dar aquela "sapeada" aqui e voltar novamente correndo pro nosso AC do HB!
Depois retornar estafada pra casa, arrastando...
E estava eu morgando no sofá qdo recebo o torpedo de Samira!
O assunto? Um convite!
O convite? Comer japa!
A resposta... Mas É CLARO! Óbvio!!!!!!
E lá fomos nós, contentocas, no encontrar com a Lívia no concorrente do meu preferido, rsrs!!
Não poderia ser melhor!
Pensem em 3 meninas que vieram de tão longe juntas contando as mil abobrinhas que nos une!!
Elas: Samira e Lívia, respectivamente nesta ordem na foto são de Manaus, e apesar do nosso Mará não ser exatemente Norte, mtas vezes sinto como fosse de tanto que acho que nosso povo se identifica com o desta região!!!
AMEI essa noite com elas, e aqui vai o registro do momento, que é óbvio e redundante dizer: BOMMMMMM DEMAIS!!!!
Estes dias, estes momentos, vão ficando aqui registrados, mas muito mais em mim, na longa cadeia de partículas que nos une: em mim, em ti, em nós!!!!

A ESTRADA NÃO TRILHADA
"Duas estradas se separavam em um bosque amarelo
E triste fiquei por não poder trilhar ambas
E ser uma só viajante
Por muito tempo permaneci a olhar para uma delas
Vislumbrando-a tão longe quanto pude
Até onde ela se desdobrava em pequenos arbustos
Depois, da mesma maneira, examinei a outra
Ela talvez fosse mais sedutora
Pois era gramada e pedia para ser usada
Embora o uso
Tenha desgastado ambas da mesma forma
E naquela manhã as duas repousassem igualmente
Sob folhas que passo algum tivesse enegrecido
Oh, eu deixei a primeira para um outro dia!
Embora ciente de que estradas levam a caminhos
Duvidava que algum dia fosse ali retornar
Estarei contando essa história em meio a suspiros...
Em uma época e local distantes daqui
Duas estradas se separavam em um bosque
E eu tomei a menos percorrida
E isso fez toda diferença."

O Óbvio


- Não! Você não pode estar dizendo a verdade, não me olhe com esses olhos de quem está sendo sincera porque não vou acreditar em uma só vírgula tua.

- Mas... o que quer que eu diga então? Quer que eu diga a SUA verdade dos fatos?
- Ok. Vamos deixar essa conversa pra depois? Agora eu tenho mais a fazer que ficar aqui nessa discussão que não vai desembocar em conclusão alguma. Mas saiba de antemão que você não me convence com seu discurso melodramático.
- Cézar, não vá. Você tem que entender que o meu coração não é uma pensão, que vem você, fica um tempo, e vai embora quando bem entende, deixando meses de aluguéis atrasados!
- Não, não, não... Seu coração não é uma pensão. Seu coração é um farol que ora aponta pro sul, ora aponta pro norte, ora nem mais sabe pra onde aponta...
- Agora chega. Ofensa demais por um motivo tão... tão...
- Tão o que, Marcela?
- Tão... não concretizado, oras!
- Ah... agora você vem me dizer que não aconteceu nada?
Marcela, agora você está querendo insinuar que tenho a inteligência precária.
- Cézar... como eu poderia insinuar isso se foi exatamente pela sua inteligência brilhante que me apaixonei perdidamente por você?
- Dissimulada...
- Não faz assim comigo, meu amor... puxa, eu te amo tanto, eu te amo tanto, tanto!
- Cínica...
- Sabe que se eu fiz algo que te desapontou foi por pura falta de bom-senso na hora.
- Pura falta de vergonha na cara...
- Cézar, perdoa?
- Ah! Agora assume. Ao menos assume o erro. Se pede perdão é porque chegou ao fundo do poço das desculpas esfarrapadas. Diga: que motivos eu teria para te perdoar, Marcela?
- Não tem um motivo propriamente dito. Não tenho mais desculpas, como você mesmo deduziu. Vai, eu sou uma safada sem escrúpulos. Uma desclassificada sem vergonha. Mas agora estou sendo sincera. Eu te amo, caralho. Eu te amo e não vou conseguir viver sem você. Não me deixe.
- Estou embasbacado. Estou realmente sem palavras pra você, Marcela. Até palavrões já aprendeu a dizer por esses buracos onde você certamente está andando.
- Certamente. Mas diga... você não fica excitado quando digo um palavrão desses de encher a boca?
- Deus, que devassa... Diga, como assim "encher a boca"?
- Ora. O caralho, por exemplo. Dizer "caralho" não é algo que enche a boca? Não é um ato de extrema libertação do que se sente?
- E essa libertação, você cospe ou engole?
- Antes eu engolia. Engolia tudo, Cézar, sem nem reclamar. Agora eu cuspo. E cuspo com raiva. Se bem que...
- Se bem... ?
- Com você até me dá tesão engolir. Você me dá um tesão danado.
- Não me tira do sério, Marcela, você ta querendo me seduzir com essas brincadeiras de duplo sentido, e eu não vou mais cair nessa.
- Puxa, amor... você não gosta mais da sua bebezinha?
- Era isso, Marcela. Isso o que estava faltando. Você vir meter a nossa intimidade no meio dessa merda toda.
- E o que estamos fazendo aqui agora não é íntimo?
- Mas jogar na cara os apelidos carinhosos, que no fundo são o extremo do ridículo, é golpe baixo! Golpe baixíssimo, bebezinha...
- Ah, sua bebezinha ta precisando tanto de colo...
- Porra... eu odeio isso. Odeio, percebe?
- O quê?
- Essa maldita chantagem manhosa que você faz comigo toda vez que iniciamos uma discussão crucial. Você sabe que eu amoleço com essas coisas.
- Pelo que eu saiba, você costumava endurecer com essas coisas!
- Safada... vem cá... minha safada. MINHA.
- Ai Cézar, eu gosto tanto quando você me pega assim!
- É pra você lembrar de que é minha, Marcela.
- Tesão...
- Mas... por que era mesmo que discutíamos?
- Não sei, deixa pra lá, vem cá, me beija, gostoso...
- Não! Saia daqui, tentação dos infernos. Mulher é foda mesmo, não é? Porra, mulher é foda. Marcela, você não vai mais me comprar com essa sua sedução barata. Respeita ao menos a minha raiva, mulher!
- Tá bom. Mas quando a sua raiva passar, você vem deitar aqui do meu lado?
- Nem queira saber o que vou fazer, Marcela. Nem queira. Nem tente imaginar o que estou a ponto de fazer. Esses seus artifícios só estão me dando combustível pra ter forças e fazer o que se espera que um homem digno faça nessas condições.
- Você vai me matar? Não, meu amor, não seja tão clichê.
- Ora, não era você que estava me seduzindo para que a discussão acabasse em sexo? E eu que sou clichê? Não fode, Marcela.
- Tá bom, Cézar. Tá bom. Quer saber? Agora quem quer que tudo se foda, sou eu. Vai embora mesmo, sabe, vai embora e não volta mais, porque sinceramente, já cansei dessa sua ladainha. Você não se toca de que não adianta ter ciúme de mim?
- Você é minha... só minha... minha.
- Eu não sou de ninguém, meu filho! Ninguém é de ninguém, não me venha com essa. Aprende de uma vez que eu não sou propriedade. Se me quiser vai ser assim, do jeito de sempre. Do jeito que você sempre gostou e sem reclamar. Que palhaçada é essa agora de vir me cobrar exclusividade?
- É. Deixa quieto. Acho que essa merda toda vai acabar mais clichê do que pensamos. Vai ser como história de novela, onde o casalzinho discute, discute, discute, e um dos dois sai batendo a porta, e no outro dia a mesma cena. E sempre a mesma cena. Sempre. Eu nem lembro mais por que isso tudo começou. Tô cansado, tá sabendo?
- Vem cá, vamos de uma vez por todas decidir como isso tudo vai ficar: Otelo e Desdêmona ou César e Cleópatra?
- Vamos de número dois hoje?
- É né... Por enquanto é o que nos resta. Até um dia você virar homem e praticar o número um.
- Não me atiça, Marcela...
- Atiço, atiço! Vem cá, vem, vem cá, paixão!
- Ai... minha bebezinha safada!"

Por Cecilia

lundi 14 août 2006

Hoje fiquei o maior tempão catando alguma foto aqui no meu Sossego (nome do meu computador) do Leo, meu amigo de tantas e tantas...
A foto escolhida foi essa, tirada no meu BAILE DE FORMATURA: Léo, eu e minha mana nega!!!
É q hoje, bom, nessa altura da madrugada, posso dizer q no dia 14 de agosto, é aniversário dele!
Acabei de ligar pra ele, nos falamos por míseros 01min40seg! Ele tava em casa, com a mesma voz doce de sempre, com a mesma risada no falar, o mesmo! Deu suas risadas, queixou-se rapidamente dos planos de balada em plena segunda-feira estragados pelo deslize da prima tagarela... "Não acredito que não poderei sair só pq tenho aula amanhã"", ele dizia indignado!!
Desligamos o telefonema num sorriso e na promessa de logo eu ir por lá...
Como eu queria!!...
Tenho pensado muito sobre isso: dar um pulo no Rio de Janeiro...
Cidade linda, de pessoas mais lindas ainda que me receberam e que eu deixei num grande abraço!
Saudades de tudo e de TANTO...
E estar falando agora com tanta cosntância com minha amiga-irmã Alana, tem me deixando ainda mais cheia de saudades...
No revirar das fotos fui vendo as fotos da minha formatura e as lembranças me invadiram a mil!
Numas fiquei parada pensando, lembrando, sentindo...
Não tenho dúvidas que este foi um dos dias mais felizes, mais abençoados em minha vida!
Os convidados foram todos escolhidos a dedo, a festa rolou na mais perfeita harmonia, eu, como diria minha neguinha, tava com o sorriso comendo as orelhas, tudo era tão feliz...
Bom nesses momentos é que, cada vez que eu vejo cada imagem, tudo vai sendo revivido nessa minha grande teia de memória... tudo tão intenso!!!
E é nesse curtir que vou ficando nesta noite, nesta madrugada...
... Sensação mista de saudade...
Com o mais inocente dos prazeres: de saber que sou feliz, com o que tive, com o que tenho, com o que ainda terei!
Não me refiro à coisas, não senhor, mas às pessoas, que são a melhor parte daquilo que mora em mim!!!!
SAUDADES, Léo!!
Que este seja mesmo um big dia abençoado e que Deus te dê ainda mais vida nessas nossas noites cariocas tão alucinantess!!!
Te amo, meu querido!!!

Saudades demais...

Ilha Magnética, Cesar Nascimento

Áhh, que horizonte belo
De se refletir
Outro dia me disseram
Que o amor nasceu aqui
Saiu de trás do sol com o jeito de gurí
Tanto novo como leve o amor nasceu aqui
Ponta da areia, olho d'água e araçagi
mesmo estando na Raposa
eu sempre vou ouvir
a natureza me falando que o amor nasceu aqui
Ah que ilha inexata quando toca o coração,
eu te toco e tu me tocas cai nas cordas do violão
e se um dia eu for embora para bem longe deste chão
eu jamais te esquecerei São luis do Maranhão
eu jamais te esquecerei São luis do Maranhão
eu jamais te esquecerei São luis do Maranhão"

Essa é minha amiga Caroline Castro Figueira de Mello, irmã de tantos anos!!
Mas eu prefiro chama-la de CARAMELLO, porque este apelido é mesmo a caaaaara dela!!!!
Amiga de tanta vida vivida juntas, amiga de várias vidas vividas juntas...
Amiga de São Luis na infância, de Belém na adolescencia, e nos dias de hoje já nos aventuramos em São Paulo, aqui em Rio Preto e já tentamos até em Brasília, hahahahah!!!
Essa foto mesmo, foi tirada ano passado, aqui dentro do meu "cafofo", em São José do Rio Preto!
Juntas escolhemos, individualmente, a mesma profissão, e mesmo separadas, caminhamos lado-a-lado!
Juntas nós ralamos, acreditamos, lutamos!!
Juntas nós descobrimos e redescobrimos tantas coisas, tantos valores, tantos mundos...
A nossa amizade é composta do AMOR: amor que faz com que uma amizade como a nossa se eternize ao longo do tempo, da distância, de tudo!!!
Ontem foi aniversário da Carol, e no meio da correria do plantão eu dei meus pulos e arranjei um tempo pra ligar pra ela: tão bom ouvir sua voz!!
Hoje vou ligar de novo, talvez a gente ainda se veja mais em breve do que espera!
Tomara!!! Pois a Carol é uma amiga que realmente faz muuuuuita falta aos meus dias...!!!

"Você se sente estranho a esse mundo? Não se costuma com certas coisas nunca?
Por vezes sente falta de um tempo que não viveu?
Chora de emoção com as coisas aparentemente bobas da vida? Até mesmo vendo cena de novela?
Não se conforma de viver longe daqueles que ama?
Consegue passar horas lendo um livro, sem se cansar?
Sente-se mal no meio de uma multidão?
Lembra até hoje dos nomes e rostos dos seus amiguinhos de infância?
Não consegue entender a agressividade de determinadas pessoas?
Muito menos não sabe lidar com a falta de diálogo?
Tem dificuldade em lidar com certas situações que requerem um pouco de rigidez e dureza do seu caráter?
Vive buscando a paz nas suas relações e no mundo, mas ainda assim só se ferra???
Atualmente tá cansada de tudo, de TUDO MESMO!!??!?
Pois é, eu também.
Bem vindo(a) ao clube."

samedi 12 août 2006

Ao meu pai...


FELIZ DIA DOS PAIS!!!!!
Especialmente pro meu pai...
Meu super-homem dos parquinhos de areia...
Meu carangueijo embaixo damesa na hora do almoço...
Meu vampiro que nos assustava nas noites de brincadeira embaixo dos lençóis...
Meu cowboy de mil e uma aventuras....
Meu atleta de alto impacto, de alta resistência...
Meu gurú...
Meu exemplo profissional...
Meu sorriso mais animador...
Meu abraço mais quente e fofinho...

Meu lindo...
Meu amor...
Meu tudo...

Sei q nem tudo pode ser perfeito agora...
A saudade hoje castiga, ainda mais neste dia tão especial...
... Mas também sei que NOSSO AMOR É MAIS, muuuuuito ++++!!

TE ADOOOOOOOOOOOORO, meu bem-querer!!!!
TE AMO, MINHA VIDA!!!!

Alberto Caeiro, em "O Guardador de Rebanhos

"O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...

Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...

Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo.
Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...
O Mundo não se fez para pensarmos nele

(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Eu não tenho filosofia; tenho sentidos...


Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar...
Amar é a eterna inocência,

E a única inocência não pensar..."

Sábado é dia de faxina!

Hoje tá sendo mais um daqueles dias estranhos...
Estou definitivamente muuuuito cansada e pouco afim de mta coisa!

Tenho ficado mais otimista, mas hoje o cansaço me deixa estática!

Aos poucos vou dando novos passos, mudando meu destino, me apropriando de mim mesma!
Tô tirando a roupa suja, tirando um longo banho, usando novas essências, me tocando de uma forma diferente, me (re)conhecendo aos poucos, me sentindo ainda melhor...

Já não olho mais pro que ficou pra trás, e nem deixo que as desventuras do presente me deixem abater... Hoje nada mais me importa além de ser feliz, aqui mesmo, em tudo que eu fizer...

Saudade?
Claro que eu sinto!
Mas já não se pode mais ser assim tão só...

Exausta

Pois é...
RETORNEI à boa e velha maratona de plantões no HB!
Ontem foi um plantão estranho...
Hunf! Mas a vida segue, ainda mais na Pediatria...
Cheguei em casa e fiquei morgando aqui no sofá...
...
aí vai um pedacinho do que me cerca agora!

A grande vantagem dessa foto assim é que minha olheiras se disfarçam de pálpebra, rs!


"Eu quero uma licença de dormir,
perdão pra descansar horas a fio,
sem ao menos sonhara leve palha
de um pequeno sonho.

Quero o que antes da vida
foi o sono profundo das espécies,
a graça de um estado.

Semente.
Muito mais que raízes."

Adélia Prado


vendredi 11 août 2006

Ponto de partida

E, de repente, ela percebeu que outros garotos bonitos existem no mundo...
... e que só é pouquinho difícil aprochegar-se.

Aos poucos ela livra-se do espectro do passado e envereda-se pela sorte do amor futuro...

Ela finalmente está se permitindo...

jeudi 10 août 2006

Mundo GRANDE



"Não, meu coração não é maior que o mundo.
É muito menor.
Nele não cabem nem as minhas dores.
Por isso gosto tanto de me contar.
Por isso me dispo, por isso me grito,
por isso freqüento os jornais, me exponho cruamente nas livrarias:
preciso de todos.

Sim, meu coração é muito pequeno.
Só agora vejo que nele não cabem os homens.
Os homens estão cá fora, estão na rua.
A rua é enorme.
Maior, muito maior do que eu esperava.
Mas também a rua não cabe todos os homens.
A rua é menor que o mundo.
O mundo é grande.
Tu sabes como é grande o mundo.
Conheces os navios que levam petróleo e livros, carne e algodão.
Viste as diferentes cores dos homens, as diferentes dores dos homens,
sabes como é difícil sofrer tudo isso, amontoar tudo isso num só peito de homem...

sem que ele estale.

Fecha os olhos e esquece.
Escuta a água nos vidros, tão calma, não anuncia nada.
Entretanto escorre nas mãos, tão calma!

Vai inundando tudo...
Renascerão as cidades submersas?
Os homens submersos - voltarão?
Meu coração não sabe.
Estúpido, ridículo e frágil é meu coração.
Só agora descubro como é triste ignorar certas coisas.

(Na solidão de indivíduo desaprendi a linguagemcom que homens se comunicam.)

Outrora escutei os anjos, as sonatas, os poemas, as confissões patéticas.
Nunca escutei voz de gente.
Em verdade sou muito pobre.

Outrora viajei países imaginários, fáceis de habitar, ilhas sem problemas, não obstante exaustivas e convocando ao suicídio.
Meus amigos foram às ilhas.
Ilhas perdem o homem.
Entretanto alguns se salvaram e trouxeram a notícia de que o mundo, o grande mundo está crescendo todos os dias, entre o fogo e o amor.
Então, meu coração também pode crescer.
Entre o amor e o fogo, entre a vida e o fogo,
meu coração cresce dez metros e explode.

-- Ó vida futura! Nós te criaremos."

Carlos Drummond de Andrade