samedi 6 mars 2010

I Don't Know Why


Never happy, not satisfied
Always complains for nothing
Hopes and dreams are fading away
It's not hard to figure it out
There's no doubt, you'll find away
Live the moment, each and every day

I don't know why
I can't see the beauty in front of me
I can not...
I don't know why
I can't see the beauty in front of me (in front of me)

Always thinking it’s not enough
Maybe it’s time to fight for it
Days and years are going so fast
We run set we’re full of regrets
Why keep on blaming someone else?
Love and luck are turning their back

Now I see here
It's always been there
People like their simple things
Live the moment, each and every day

I don't know why
I can't see the beauty in front of me
I can not...
I don't know why
I can't see the beauty in front of me (in front of me)

Is it there?
Is it right there?
Right in front of you (right in front of you)
This is what you've been looking for
For a long, long time
Make it real, make it right now (make it right now, make it right now)
You've got to live it now

Moony

mercredi 3 mars 2010

Atenção

Atenção, hora de abrir os olhos
Para olhar para dentro, para redescobrir
Não estou mais cansada, não desanimo mais
Agora todo um mundo me espera...
Mas o que é melhor, agora esse vai ser o mundo que eu quero
Vai ser o mundo que vou escolher para mim

mardi 2 mars 2010

No Auge do Desassossego

" À raça dos desassossegados pertencemos todos, negros e brancos, ricos e pobres, jovens e velhos. Bem, desde que tenhamos duas características: a inquietação (que nos torna insuportavelmente exigentes conosco) e a ambição de vencer não os jogos, mas o tempo, esse adversário implacável.

Desassossegados do mundo correm atrás da felicidade possível, e uma vez alcançado seu quinhão, não sossegam: saem atrás da felicidade improvável, aquela que se promete constantemente, aquela que ninguém nunca viu, e por isso sua raridade.

Desassossegados amam com atropelo, cultivam fantasias irreais de amores sublimes, fartos e eternos, são sabidamente apressados, cheios de ânsias e desejos, amam muito mais do que necessitam e recebem menos amor do que planejavam.

Desassossegados pensam acordados e dormindo, pensam falando e escutando, pensam antes de concordar e, quando discordam, pensam que pensam melhor, e pensam com clareza uns dias e com a mente turva em outros, e pensam tanto que pensam que descansam.

Desassossegados não podem mais ver o telejornal porque choram, não podem sair mais às ruas porque tremem, não podem aceitar tanta gente crua habitando os topos das pirâmides e tanta gente cozida em filas, em madrugadas e no silêncio dos bueiros.

Desassossegados vestem-se de qualquer jeito, arrancam a pele dos dedos com os dentes, homens e mulheres soterrados, cavando sua abertura, tentando abrir uma janela emperrada, inventando uns desafios diferentes para sentir sua vida empurrada, desassossegados voltados pra frente.

Desassossegados têm insônia e são gentis, as verdades imutáveis os incomodam, riem quando bebem, não enjoam, mas ficam tontos com tanta idéia solta, com tamanha esquizofrenia, não se acomodam em rede, leito, lamentam a falta que faz uma paz inconsciente. Dessa raça somos todos, eu sou e só sossego quando me aceito.

Martha Medeiros