"As pessoas não deveriam ter vergonha de amar...
Elas escondem o amor como quem esconde uma falta grave, como um criminoso disfarça a prova do crime.
As pessoas amam com luvas cirúrgicas.
Com medo de contaminarem o outro, com medo de se machucarem e pegarem uma doença grave.
Ou então para evitarem de deixar suas marcas digitais.
Por que o fato de amar, de se apaixonar, de querer bem ao outro tem que ser visto como algo vergonhoso?
Eu amo muito.
Amo intensamente quando me apaixono.
Não tenho nenhuma restrição quanto a isso.
Apaixono-me fácil não por ser volúvel, mas por ser aberta ao amor, por ter sintonia direta com ele.
Sou regida pelo amor.
Eu, quando amo, digo ao mundo, senão com palavras, digo através de ações, através do olhar.
Sou uma mulher que cuida sempre de estar apaixonada.
É o amor que me move.
Não entendo por que os outros vêem isso como vergonha ou carência.
Desculpe-me, mas eu amo com toda a intensidade dos meus órgãos vitais.
E se eu parar de amar, é como se parasse o meu coração.
Não sei ser mais-ou-menos.
Sou intensa, e consequentemente o meu amor também é."
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