vendredi 8 septembre 2006

Ao teu lado...

"Sei que amanhã vou fazer tudo errado.
Sei que vou me desequilibrar totalmente e virar uma monstra de novo.
Mas gostaria de exteriorizar meus pensamentos em meio a esse meu hálito - matinal- aqui.
Eu não sou uma boa aluna da vida.
Mas há algum tempo aprendi que nunca (nunca - nunquinha) poderemos saber o que vem depois de cada vírgula.
O vento leva o pó e transforma montanhas.
Tudo muda e se transforma.
Nada se destrói, mas se transforma.
E o final feliz (ou até mesmo infeliz) que vc espera pode ser apenas mais uma meleca de uma vírgula.
Os pontos não existem.
Tudo muda, tudo é totalmente incerto.
Talvez hoje eu tenha não só aprendido, mas "sentido" que não adianta viver no "se".
Não adianta querer viver de certezas e lógicas cartesianas.
Não adianta viver tentando descobrir o que está acontecendo, se enchendo de ilusões ou pessimismos.
Tudo está além disso, tudo é muito mais subjetivo e relativo do que a gente pensa.
Talvez devamos apenas perdoar o vento e nos desatarmos desses arames farpados das ilusões, passados e futuros incertos.
Li uma vez, em algum canto, algo assim: "se não vivêssemos tentando ser felizes até que nos divertiríamos um bocado". I
sso talvez diria tudo.
Não falo de cruzar braços, percebam.
Falo de abrir os braços para o bom-senso e serenidade.
E eis que tudo faz sentido.
Ou não faz sentido algum, dane-se.
Hoje ao acordar li isso:
"Não se trata de romper com situações, simplesmente.
Mas de faze-lo para poder construir uma existência que corresponda com seus desejos".
É.
Isso é tudo.
Pego minha trouxa, amarro num cabo de vassoura e me despeço."
Elaine Pessanha

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